quarta-feira, 11 de março de 2009

Não mãe, eu não quero rezar

O que posso fazer para que isso mude? Nada; acredito. No entanto, vou vivendo assim... Trago em mim um pouco de você, um pouco dele, um tanto quanto de nós, consolidando nossa "sublime" existência. Alienando-me pra fazer parte da rotina, a qual me sustenta. Consumindo-me pra entender o dia a dia e o quão mesquinho nosso similares podem ser. Ah, eu escrevo a história com os papeis que tenho em mãos, dos quais utilizo como posso e como quero. Não somos tão donos das escolhas, nem de nada que vai além do material. O acaso nos seleciona, as pessoas nos limitam e se não fosse assim, podia até ser pior. Contentamos-nos. A dúvida dorme comigo e acordo atordoado, de cara com o descaso, procurando o abrigo – o interno. É fácil, lavo o rosto, dou um sorriso e lembro que tudo faz parte do show e ninguém ditou que seria assim. Talvez seja nesse ponto que aperta a ilusão de um inanimado protecionista; um que acalma. O questionamento de sua existência irrita as pessoas, aliás, irrita os iludidos; os covardes que buscam ao imaterial isentar-se de suas culpas e livrar-se delas, e ainda diante de uma falsa absorção. Não há resposta consciente. Por vez é a "subconsciência infantil" de que você obteve a resposta. Algo como: O “julgamento” ainda se adia. Doutrinas, conceitos, “seres”... Todos ultrapassados. Defasados de tanto mito. - A maioria das crenças ainda não entrou para o conceito de fábulas, mas não vai tardar, eu garanto. A população se ilude demais, se engana demais, se sacrifica demais. Devia poupar a mesmice e por em prática toda a concepção religiosa pregada pelos seus oradores e não propagar uma palavra utópica por intermédio de uma demagogia que chega a ser triste. Se um terço dos "fieis" fizesse o que proclama, o mundo seria “bonito”, esse texto nem existiria e eu estaria em um banco de igreja. Doutrinas éticas e sociais são bastante particulares. Nada mais digno do que poder optar. Seja pelo bem, seja pelo mal, seja por nenhum dos dois... Da forma que o convém, ou que convenha ao meio. São opções e não alternativas forjadas e induzidas! Eu não faço o que está escrito em um livro, "feito" por outros homens, em nome de outrem. Eu não obedeço a um “império hierárquico” que só tem credibilidade porque a impôs com muito sangue, em um século onde questionar era atentar pela morte. Eu faço simplesmente o que me condiciona no mínimo a um contentamento, seja momentâneo, seja permanente, pouco importa.

sábado, 7 de março de 2009

Rota 014

É algo que assusta; Tão grande tão estridente. Ah, faz um estrago, não se ponha à frente de forma inoportuna, talvez não volte.

As pessoas necessitam, realmente. Uma parte reclama, mas a outra contenta-se de que a quantia é acessível e a tal necessidade irrevogável .

Antemão há espaço, esse que aos poucos se comprime. Todos se aglutinam, ficam tão próximos e ao mesmo tempo tão distantes… Enquanto alguns desfrutam de um repouso às pernas outros se debruçam diante dos ferros. Eles se empurram se encaram… De fato, submeter-se àquela situação é um fardo, que por vez é descontado diariamente no guia. Como se ele fosse responsável por alguns dos transtornos, – desses inevitáveis – quando não é ele o que derrama o estresse da rotina desgastante à frente da máquina em seus “subordinados”. Como se os problemas pessoais se solucionassem caso os indivíduos ali presentes sofressem junto a ele. Devem pensar que a falta de educação alivia a tensão. Aí um ponto importante: Educação! Sem dúvida faz a diferença nesse “ambiente” hostilizado pela sensação de vida mesquinha. Sobressai a qualquer cansaço e digo, é até bonito.

Eis os que se isolam na avançada tecnologia da música; um par de fones parece que o retira do planeta por uns instantes, não há interação nenhuma com os que o cercam. É um corpo preocupado apenas em se equilibrar, que só irá “ativar” o raciocínio quando estiver no momento de sair dali… Enfim, muitos saem, muitos outros entram e isso é contínuo, não altera em nada.

No canto um olhar penetrante de um senhor que já não tem idade para tanto esforço, onde não há mais disposição para a corrida do dia-a-dia. Mais atrás uma mulher com um cansaço tão visível que frustra quem fita-la. É como se (quase) todos estivessem a caminho do fim, ou vindo do inferno. Alguns se mostram imunes a tudo, como se nada mais fizesse diferença. O costume em estar ali, fez daquilo, parte essencial à rotina deprimente. À frente uma jovem propagando as palavras de seu Deus, deixando para a (talvez) amiga o quão forte era sua fé em um suposto salvador. Um garoto, de no máximo doze anos, fica diante da abertura de vidro transparente, deslumbrando as (para ele) curiosidades da rua, do trânsito etc. Bestificado com o que se passa.

Uma mulher chama atenção, conversa alto – sempre há os “bons de prosa” fazendo de tudo para que aquele instante, cercado de estranhos (ou não), torne-se o mais agradável possível – ela lastima a morte de um Francisco, “Ah, muita gente gostava dele, viu moça?! Muita gente mesmo! Nunca vi cortejo tão grande!” – sorte, a dela, estar diante de uma senhora disposta a ouvir e retribuir, o que é raro – insistia em deixar claro a bondade e a integridade do homem que morrera. Aparentemente uma mulher que não teve muita instrução, que não teve muitas oportunidades na vida, não muito constituída de conhecimento, mas tinha convicção do que falava. A história continuava, apresentou um ponto de vista sobre a vida, sobre o futuro… Alegava acreditar que todos têm um propósito, um plano traçado por um ser superior, isento de mudanças. Dizia que nunca saberemos o que vai acontecer e que não podemos fazer planos; o que é de ser será… Tinha tristeza nos olhos, voltara a citar o falecido: “Tava indo viajar, moça… Primeira folga do emprego novo, homem bom, viu?! Bom mesmo! Mas Deus sabe o que faz”. Isso incomoda o rapaz ao lado, ele sussurra, sem que ela perceba, algo como, “Então esse Deus mata quando acha que é a hora?! Besteira!”

As “saídas” vão chegando… Aos poucos os integrantes só vão, não mais vêm (por hora). O dia se encerra e a máquina para. Tantos outros virão, essas mesmas (e/ou outras) pessoas estarão lá, para dar continuidade às suas vidas, às suas rotinas. Alguns por pouco tempo, outros até quando isso não for mais preciso; se é que esse dia ainda vai chegar.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

E a bomba foi entregue ao queniano

Não via imagens americanas, ao mesmo tempo em todas as emissoras de televisão, desde os 11 de Setembro. Mas foi bonito de se ver… Um esquema muito forte de segurança foi montado para a “festa” da posse. Por sinal, “força” é o que o novo presidente mais precisará. Negros, brancos, amarelos e uma temperatura abaixo de zero, distante do calor que habitava o coração dos espectadores, ali presentes. Uns sorrindo, outros chorando, a emoção sem dúvida era mútua. Espera-se de um único homem, um começo… Um começo de muitos fins; O fim de uma prisão desumana que tem tortura como método de investigação. O fim de intervenções indevidas, uma busca por armas que não existem, atrás de uma mal que não existe, com um ideal de defesa contra um perigo que não existe, matando e dizimando, pessoas e populações reais. O fim de uma guerra injustificável. O fim da decadência econômica da, até então, potência das potências… O fim do rio de lágrimas, do desespero, do desemprego, da falência, de um financiamento inescrupuloso ao exército de Israel. Muitos os fins… Há quem diga que é impossível e os que dizem que é questão de tempo, mas o fato é que todos têm a esperança de que isso ainda se concretize, pois o mercado imobiliário dos Estados Unidos quer abrir novamente as suas portas, as mães dos soldados que estão no Iraque, querem abraçar os seus filhos mais uma vez e o mundo almeja por paz. Talvez Obama seja mais símbolo do que ação, mas já é grande coisa, já é uma aprendizagem para um povo que aprende a ser egoísta (uns chamam de patriotismo) desde criança, o presidente é exemplo de conquista, a prova viva de que a raça não define a moral e a dignidade de um homem, muito menos sua capacidade. É uma imagem de fé para a África, para o Oriente Médio, para os países de primeiro mundo… Hoje, o planeta abraça Barack Hussein Obama, e se esse espírito construtivo de mudança não alcançar seus objetivos em quatro ou oito anos, que seus ideais não morram nunca e que o povo lute para por fim ao seu “plano”.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Cadê Freud?

A abstinência de relacionamento, - ou sentimentos, que seja - nos deixa tão vulnerável às tolices psicológicas... Tudo é amor, qualquer atração, qualquer “apego”, já desloca o raciocínio e a lógica. Que bom que às vezes percebemos que estamos errados... E quando não?
É bom, ter o controle, aliás, o falso-controle, o real de fato inexiste. Acostumei a ter todas as minhas relações nas mãos, parece que é a única forma de me envolver com alguém, isso reflete até nas amizades. O amor é o inverso, é quando não se sabe o que vai acontecer, não sabe como vai ser, é regado a incertas e a grandezas que não podem ser calculadas ou medidas. Ainda não aprendi a ser assim tão tolo, minto, até já passei por isso, mas por conseqüências diversas aprendi esquecer como “funciona”. Produzo “antígenos” nessas situações, e digo, nem é tão ruim... Passei a evitar os relacionamentos como se fosse algo a ser rejeitado pelo meu organismo. Enfim, não me apego.
Nunca tive problemas, me adaptei, mas hoje fico louco e repito: A abstinência causa turbulências, onde prevalece o “parece mais não é”.
Vou indo, feliz ou não, mas solteiro. Não vou ceder, a responsável pelas dúvidas e pelo transtorno não terá o prazer de desfrutar do meu bom e efêmero sentimento. Vou por mim a alimentar meu narcisismo.

Beijos Quentes.



Nota:
Inoportuno, fora do contexto, porém bem-humorado.

Do Autor.

domingo, 21 de setembro de 2008

"Não use filtro solar"

O momento é de abrir a janela, “ sinto-me como o Pedro Bial, e afirmo, não é nada legal”, e diga foda-se , “ ao menos o Bial não usaria tais termos” , o mundo não dá a mínima para as pessoas, não dê a mínima para o mundo. Que tal? “Aliás, sou o Pedro, mas em contraposição às suas idéias, apenas a articulação delas que é semelhante. O lado mal dele, talvez”.
Sabe aquela coisa toda, do tipo: “corra, viva, ame como se nunca tivesse amado ninguém etc”. Pois então, faça... Um detalhe, não ajude ninguém, não estenda a mão, não sorria se não quiser sorrir, seja mal educado, porque não? “Não se assustem, a realidade existe”.
Isso mesmo, o mundo não é cor-de-rosa, nem lilás, nem verde, “quem dera verde poder, ah o verde...”. Não abrace se te faz mal, não, não faça nada! Espere acontecer, sim, espere! Não vá alcançar nada, deixe chegar até você, e se não chegar, não chegou, não há nada de complexo, não ponha Deus nisso... Deus? “Ah, os cristãos...”
Não sinta o vento, o mar, a música... Repito, não sinta! Não viva, não seja porcaria nenhuma, “ah, minhas palavras doces...”, os misantropos, os excêntricos, os eremitas, terão facilidade. “Nada de público direcionado, não sou insano, repito, verdade existe”. O mundo é verdadeiro, não é só alegria, não é só praia, não é ter um homem/mulher divino ao seu lado, não, isso é para pessoas de outro mundo, não é hollywood, você não vai caminhar sozinho em um dia de luar maravilhoso e de repente uma música perfeita começará a tocar a sua alma gêmea passará ao lado, serão ricos e felizes, terão belos filhos e fim, vamos cair na real, que tal? “Ao menos o texto permite essa contraposição de opinião, viva a metalinguagem, viva a crônica que dispensa a existência de um eu-lírico”.

Pedro Bial, homem de grande inteligência... Mas a humanidade, meu caro, é assim, carne e osso. Nada de “Filtro Solar”, longe, bem longe disso. E outra, pelo seu bem-estar “intelecto-cultural”, largue o Big Brother.

Nota: É uma pena que ele não possa ler esse texto. Críticos de plantão, comentem... Ou não!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Terra? ...ou seria Earth?

Tudo é dos norte-americanos, tudo mesmo. Começou com o fast-food (dado infundado) e hoje somos subordinados à lástima de chorar pelos Estados Unidos! No jornal não passa a economia do Senegal. Todo mundo sabe os índices de obesidade nos EUA, mas ninguém sabe o índice de mortalidade infantil na Somália... E eu me pergunto, por quê? Será que escolhemos isso ou é mais uma das cartas da Seleção Natural? Se fosse vivo, Darwin teria ido de encontro ao suicídio. Mas nem é isso.
Não quero saber se o dólar está em alta, não me importo se eles criaram outro carro luxuoso, não quero saber se a economia lá cai... “Ah, mas os problemas deles refletirão no mundo, inclusive no Brasil!”, que se dane, prefiro saber apenas quando atingir o Brasil.
Vamos aplaudir, eles são ricos! ...De acordo com relatórios da ONU o custo da guerra no Iraque e no Afeganistão chegou a URS$ 811 bilhões (mais de R$ 1,7 trilhão), é imensurável a quantidade de crianças que deixariam de dormir com fome caso essa desperdício encontrasse um caminho digno.
Não quero intercâmbio para Washington, Harvard não me desperta nem curiosidade... Por que não vamos para a África?!
Eu não fiquei triste nos 11 de Setembro, o repudio ao país evasivo não permitiu que manifestasse piedade em minha pessoa, se não fosse pelas vítimas inocentes - que são educadas a serem egoístas -, eu teria torcido para caírem mais 10 torres de alturas semelhantes (caso existissem). Se uma bomba cai em Nova York ou em Paris, ou Londres, o mundo para, as pessoas vão manifestar em prol da paz, minha mãe, minha avó, minhas tias ficarão arrasadas, mas ninguém se comove com o “pseudo-genocídio” ocorrido diariamente
em Ruanda. O que me arrasa é apenas a declaração de uma menina de 8 anos da Costa do Marfim: “mamãzinha, minhas mãos vão crescer de novo?” (reportagem de uma TV Francesa). Ninguém sabe ninguém viu, o choro da vez é para a crise do dólar...

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

A esperança se desfaz em "goladas"

Na quarta-feira de ontem (05 de Agosto de 2008) estive entediado. A noite estava mais fria que os outros dias, mas não me incomodou. Ao andar pelas ruas parei na casa de um amigo. Havia um movimento intenso... Conhecidos, familiares, desconhecidos... Tudo soava superficialmente bem... Um sorriso crônico e maléfico que nos acompanha, virara rotina. soberbos de uma falsa alegria.
Num canto da sala, uma senhora entre seus 55/56 anos chama a minha atenção. Um rosto pálido, olhar fúnebre, rosto caído de feição triste. Havia ali, mais rugas que o "normal".
Seu único e indomável companheiro, era o copo de cerveja, sempre cheio... A humidade do copo deixava claro que o líquido estava gelado. Em outras palavras, no ponto. Por alguns instantes fiquei ali à observar as sequencias de degustação regadas à goladas insaciáveis, o que dava -lhe um prazer espiritual, sombrio. O corpo não refletia tal emoção. Não me contive, fui ao seu encontro, alimentando a minha fome de informação. Dei asas a minha curiosidade... Não custou muito para uma prévia familiaridade da minha parte, já havia lhe visto pela rua outras vezes... Aparente serenidade, educada, íntegra... Não pude imaginar como ousara submeter-se àquela situação. Não era da minha conta, mas o inconcoformismo causava-me revolta.
Por mais que não parecesse ela queria papo... A prosa fluiu... Lembro que me indagou algo sobre o filho que morrera de acidente de carro.. Exaltara sua dor, sua tristesa - não tenho filhos, mas acreditem, a reciprocidade da dor foi verdadeira - deixara claro, sem assumir, que a bebida não era um refúgio, não estava ali para remidiar-se, era apenas para um vício saciar. Vício esse, matou o filho que dirigia bêbado.
Me irritava presenciar as contrações musculares do rosto, as viriadas estonteantes de olho, as piscadas palsadas, olhar desatento de quem mal enxerga o chão tomado de embreaguez. Típico de adolescente em final de micareta, não ficara bem àquela senhora. Definitivamente, não... Lembro-me que já dei risadas enojadas ao assistir a boçalidade dos "bâbados-palhaços", que agem como ganhadores de mega-sena exbindo-se à ridicularidade alcoolica, mal sabia o quão ruim eram os deprecivos, os cabesbaixos... Desta vez, risadas não me foram proporcionadas, apenas lágrimas, de piedade e de raiva, da triste senhora bêbada e da imaturidade humana.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Só motivos de orgulho

Não costumo falar mal do Brasil, nem lembro a última vez que o fiz. Mas não é
preciso. Afinal, somos auto-suficientes em petróleo! Exportamos o que não temos e importamos o que nos sobra. Inteligente, não? ...Que seja. Não é o caso. Só vou falar bem. Prometo! És um texto para os “patriotas”.

É realmente lindo acordar disposto, bem cedo, numa manhã de segunda-feira e deparar-se com um homem de trinta anos de idade, e cinqüenta na “cara”, catando papel alegremente, cantarolando, um serviço de alto desgaste físico que mal dá para comprar a janta, mas ele é contente. “É um brasileiro!” somos todos felizes... É digno ver uma senhora, contente é óbvio, rasgando sacolas de lixo em busca de uma comida que vai matá-la, faz isso bem cedo, ás cinco da manhã, pois o frio e a fome não a deixaram dormir. Uma vida que a faz muito bem. Que tal um sorriso de extrema sinceridade de um andarilho que levou uma surra durante a madrugada de jovens alcoolizados que vinham de uma boate, proporcionando-os uma brincadeira muito bacana e divertida? Era só diversão! Fatos comuns da nossa sociedade provida de uma alegria abundante.

Nada mais eletrizante do que presenciar um assalto, uma troca de tiros, fuga alucinantes no meio do dia, tudo em tempo real... Quem precisa de filme-policial? O Brasil é único! Sair daqui, jamais! “Faça o que tu queres, pois é tudo da lei”... Quem dera Raul poder estar vivo para ver esse mundo “livre” como tanto almejara.

Aqui a polícia federal será punida por algemar o bandido e deixar que o povo assista. Que falta de respeito, que grosseria! Algemar o coitadinho? Mostrar para a sociedade que um rico corrupto está sendo preso? Isso é um absurdo! Ainda bem que as providências estão sendo tomadas.
Em Goiânia, Silvia Calabresi faz versão brasileira do Jigsaw. A vítima? A própria filha adotiva! Óbvio, nada mais justo. A ficção bem próxima à realidade. Adoro!
Em São Paulo, foi atribuído “arremesso de criança” entre as atividades de lazer dos condomínios. Para participar, seja bacharelado em Direito e leve a filha, nem é preciso aprovação na OAB. Ainda não!


"Nosso céu tem mais estrelas... Nossas várzeas têm mais flores... Nossos bosques têm mais vida... Nossa vida mais amores."

Caso perguntem, a resposta é espontânea: “Claro, eu amo meu país!”.

sábado, 5 de julho de 2008

Homem, o lado irracional dos leões..

Nascer, crescer, reproduzir... Até então, nada diferente deles, os Leões...
Nunca, nunca mesmo, sabemos o que queremos. Nos envolvemos ao acaso, não nos envolvemos por descaso. E sempre juramos, à favor de todo narcisismo, estar acima dos erros. Está sempre certo... Temos culpa? Não. Não sabemos, pelo grotesco fato de não saber. Parece um pouco boçal, mas não é. É muito. Nascemos tolos. Morremos tolos. Não é preciso lógica alguma. Se sentir atraído, se apegar e de repente não expor mais nenhum interesse. Porque é tão abominável? ...Aconteceu. É a futilidade "almática", não temos culpa. Não é da natureza do homem (sexo masculino), é do ser humano. Eles (os "selvagens") têm "extinto", nós não.
Ainda mais precária, são as taxações, entre; "ele é uma ótima pessoa", "ele é um anjo" e "ele não presta", "és um demônio". Somos todos escravos. Não há distinção. Os leões brigam por carne, nós também... Não arranhamos nem mordemos uns aos outros (pelo menos, nem sempre), mas lutamos de forma covarde. Antes a briga...
Só se é "bonzinho" quando colocado em situação confortável, cercado de um cotidiano que lhe convém, és ruim quando os "benefícios vitais" não existem ou são omitidos. É Justo?
Os leões encaram uns aos outros pois querem viver. Lutamos por sobrevivência de forma desleal. Somos hipócritas. Ao nascer já tiramos oportunidades alheias. Tomamos a "carne" do outro com um sorriso falsamente benigno. Já os leões quando lutam, rugem, enrugam a cara. Eles brigam, fugimos dela em prol de um ambiente pacífico, mas matamos milhares de pessoas diariamente. Fingimos não saber, pois é mais confortável... Os "bonzinhos" não levantam a mão, não gritam, não reclamam, pois o sistema atual faz bem. Eis o egoísmo. Nós, seres humanos, somos ruins por essência. Mesmo isento das metáforas dessas palavras eu penso... Quem dera fossemos tão dignos quanto eles, os leões.

Não há personalidade, nem caráter, nem nada...

"Bom dia mãe...". Você, "Luquinha", saúda a mãe logo ao acordar. Um banho rápido. Café da manhã... Um papo maduro e bem postado com o pai e "tchau". O colégio o espera. No caminho você é apenas ele, o rapaz. No ônibus o menino, o uniforme do colégio reforça essa idéia. Na calçada, frente ao colégio, é o garotão, assim visto pelos vendedores de rosquinhas e sorvete que o reconhecem ao vê-lo diariamente após as aulas, cercado de belas moças. Na sala de aula já é outro, descolado, as gírias o tornam mais original. O andado é outro... É o "Luk" que se senta no "fundão".
Meio-dia, após a aula, você vai ao encontro da namorada em um outro colégio, duas quadras dali. Cadê o "Luk"?
...O romântico, quase-educado e atencioso "Lu", toma a cena. O tempo é curto, mamãe espera "Luquinha" para o almoço. O dia passou rápido. À noite, jantar de negócios do pai. Família toda apronta-se obrigatoriamente... Diante do patrão do pai está você, Lucas Gonçalves, fala firme, olhar fixo. Sério, quase um homem naquela noite. O netinho caçula, bem humorado, amanhã na casa da vovó... E assim, sucessivamente.
Desprezando o nome e os dados fictícios, diga-me... Quem é você?
Nascemos predestinados a sermos hipócritas, por lei de sobrevivência... Mas nós não existimos. Cumprimos papéis. O Luiz Phelipe não existe, Lucas Gonçalves de Alencar não existe.
Somos personagens da vida, nada mais. Você escreve o roteiro, você escolhe os atores... Um dia alguém encerra.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Como queira.

Eu nunca fiz isso. Nunca fui por lá...Nem fui muito com a sua "Cara".
O sorriso não passa de educação. Restrita e limitada, regada à palavras rudes que alimentam o mau interior...
Prazer, eu sou uma farsa. Tá, eu disse que era ele, eles, aquilo, mas não passou de palavras em esboço ao vento. Não quero ser o seu amigo atencioso. No mínimo disse isso para conquistar alguém ao seu redor ...Eu não ajudei deficientes físicos, não fiz caridade. Não fui à festa da minha avó, como disse ...As flores foram de outra pessoa. As mentiras são a mais pura verdade. Na lista dos homens raros, não consta o meu nome. O carinho era abstinência, aproveitei o tempo todo. Realmente, eu não me preocupei com os seus problemas. Eu estive com todas aquelas "personalidades" lindas enquanto enganei você...
O intelecto é rude demais, a postura é teatro, meu caráter eu aprendi fácil, ou nem aprendi. Não gosto daqueles livros. As revistas eram entendiantes. Sacio-me com a pornografia na playboy. Eu não quis conhecer os seus pais, fazia parte do meu plano de aproximar do seu quarto, para as devidas "liberdades". Claro, são todas lindas, eu as quero como troféus, preciso dizer para os meu amigos que as "peguei".
O dinheiro gasto era investimento, o conhecimento estava no 'Google'. A Filosofia descobri em um livro do meu pai, ao mexer por aqui... Olhar nos olhos faz parte do plano, chorar é infalível...Tola! É como penso.
O diálogo extrovertido eu usei com outras dez. Os dons eu inventei. O amor era totalmente carnal. O respeito era insignificante... Sou bom nisso, sou acostumado. Sou perito. É divertido, "a gente" gosta.
Assim vocês dizem que é. Assim será...

domingo, 22 de junho de 2008

Seria o mundo moderno?

Nunca me voltei à dietas... Talvez porque nunca precisei. Alguns programas de televisão adoram matérias do tipo. A rede Globo (no Globo Repórter) é um exemplo nítido. Não é uma crítica, as reportagens até que são boas. Podemos através das mesmas, tirar algumas conclusões.
É fato que uma alimentação errada causa um grande número de doenças, entre elas as tão temidas, cardiovasculares. Os excessos com gordura. O dia-a-dia regado à frituras e outros com alto teor de HDL (o colesterol ruim), a ausência de vitaminas essenciais encontradas por exemplo, nos vegetais e nas frutas, são em parte, as causas a um longo prazo, - que para a vida não têm nada de longo - de milhares de mortes, todos os meses.
Existe uma busca incansável pelo poder aquisitivo, vida social, emprego etc, que levam a sociedade à uma "dieta irregular". Futuro promissor que será inatingível se não tiver uma vida saudável. O homem têm pressa, "antes o hambúrguer à salada ou o arroz". Tempo é dinheiro?! Comer é viver...
É buscado o prático e não a qualidade. Este que de fato estimularia a regeneração cerebral segundo pesquisas da 'Unifesp' (Universidade Federal de São Paulo). Os "Fast Foods" estão no auge. Os enlatados estão entre os mais vendidos e os hospitais estão lotados de pessoas que sofrem de hipertensão, diabete e outras enfermidades causadas pela má alimentação.
Em algumas visitas ao supermercado, seria plausível esquecer os conservantes, lembrar que existem frutas, legumes e cereais. Que esses também podem encher o carrinho de compras...Um dia explicaremos que comida rápida (fast food) é sinonimo de "morte rápida".
Nada de pânico. Tudo é liberado, o controle que é importante. O abuso e o limite são o que faz a diferença. Pois não há quem duvide, do prazer de empanturrar-se!

terça-feira, 17 de junho de 2008

Felizes para Sempre

Em meio à atraso, volto a escrever...
Há alguns dias, comemorou-se o dia dos namorados. É uma situação, um tanto quanto peculiar. Eu vi mulher sorrindo, vi mulher chorar. Ouvi piadas. Não vou deixar de fato o que se passa em mim, para não ofender as pessoas que apegam-se tanto à futilidades "datadas". Se eu tivesse uma namorada, faria mais sentido. Mas em não ter, o que me importa?
Talvez seja aquela dia em que bate a saudade. Ligar para a "ex", é abominável, mas sempre tem aquela/aquele que ficastes à lembrar. Não é nenhum pecado. Há quem queira o parceiro para satisfazer-se à data, e há quem separa, para a data não satisfazer, ou presentear. Sucessão de estupidez.
Se o amor realmente prevalecesse eu seria o primeiro a acordar sorrindo em 12 de Junho. Estaria o sentimento isento de sua devida importância? Com certeza não. Escasso, talvez.
É bonito, é gratificante, aos cônjuges que realmente importam-se. Àqueles, feliz dia dos namorados, com devido atraso. Solteiros de plantão, o dia foi dos namorados mas a noite sem dúvida, foi nossa.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Muito além dos projetos...

Nada mais comum que debates e discussões relacionadas ao trânsito nas grandes capitais. Está na banca de revista, está na padaria, na mídia televisionada...Os idealistas articulam e formulam opiniões estrategistas e audaciosas, talvez até demais. As matrizes do problema podem ser bem mais simples, ou menos complexas.
É notório que os problemas físicos (das cidades), a infra-estrutura como um todo, é a causa determinante. É uma insanidade discordar desse fato. Mas quantas pessoas param para dizer ou ao menos perceber que o problema são elas?...Quantas vezes o caro amigo leitor deixou de pegar o carro para ir à padaria, que é a duas quadras de sua casa, e opinou pela boa caminhada? Não sejamos hipócritas, todos, assim como eu, já andaram curtas distâncias com um meio de transporte desnecessário à ocasião. Mas desprezando o exemplo comum; e a prepotência? O desrespeito? A concorrência sem fundamento?... Quando as pessoas pararem de ver o motorista ao lado como inimigo, como alguém que vai disputar um espaço que não precisa ser disputado, com você, coisa que aos seus olhos é inaceitável, vai começar a fazer diferença. Sem contar no espírito de vingança. Grande vingança... Você toma uma "fechada", corre para fechar a pessoa lá na frente. Esboça um palavrão, acelera o carro, é completado com uma falsa sensação de dever cumprido. Quem ganhou com isso? O prêmio é simplesmente a contribuição para um trânsito efusivo, caótico, e exaustivo.
Diante de todos os aspectos e hipóteses, vá à pé! Dê um dia de folga para o seu egoísmo, onde você entra no carro, fecha os vidros, e inicia ali um luta psicológica e física com você e apenas para você. Se desprende do mundo e do raciocínio lógico e ético para com você e para com as pessoas. É bem mais gratificante cumprimentar o João, sorrir para o porteiro, desviar da placa, dar uma corridinha ao atravessar a faixa de pedestre etc, antes de ir trabalhar...
Tentar interagir com o meio, caminhando, e não isentar-se dele sozinho dentro de um carro! ...Tente.

sábado, 26 de janeiro de 2008

Dizem "homo Sapiens"

Homem, o que há de tão supremo, tão digno? Dei início a uma pesquisa, para melhor compreensão.
...Ouvi rumores de que é uma espécie, uma raça, tal de animal racional, ou melhor, segundo o latim, "homem racional". No começo não é muito diferente dos demais... Meio tolo, não entende nada, sabe chorar e sorrir... Essa espécie até se desenvolve rápido (ao menos fisicamente), tem etapas estranhas, algo chamado infância, adolescência...É o ciclo vital.
Me falaram que amadurecem, apenas para lembrar de que precisam de determinadas "coisas"...Eles, em sua maioria, são apressados, vivem de mal com a vida, querem mudar. Mudar o corpo, mudar as pessoas, o jeito de ser. Ás vezes eles não concordam com a formação genética, com a herança do DNA e resolvem "fugir" do que estão destinados a ser: Homem.
São desunidos, mas luto para passar uma imagem contrária. Insistem em acreditar que o mundo gira ao redor deles, sendo que eles fazem parte do mundo. são apenas mais uns entre milhares de seres vivos.
É Estranho, eles resolvem matar uns aos outros sem motivo. Fazem guerra em busca de um poder que nunca poderão desfrutar. Tentam tomar o espaço alheio sendo que já tem onde morar. Criticam um, critica o outro, sendo que são todos uma espécie só.
Apelam por ideais diferentes, critérios de convivência como; etnia, raça, cor... Critérios esses que criam barreiras onde deveria existir apenas união.
Um dia descobrem que nada mais faz sentido, a vida talvez foi perdida e existe o tal do "morrer"...
São estúpidos, pois estragam a comida que haverão de comer, poluem ás águas que precisam beber e ainda se dizem "os inteligentes". Vivem no caos e fingem está tudo bem, de braços cruzados. Acomodados e egoístas.
Teimosos! Cometem os mesmos erros, atiçam sem saber um futuro profano, acreditam no que não existe quando bastava dizer: "sou ser humano". Ainda não conhecem a palavra "humildade", tem tanto, mas tanto, a aprender.
O mais "engraçado", é que nenhum deles se sente com a culpa, sempre tem a quem apontar. O individualismo chega a ser estúpido...(Luta por um pedaço de carne, sabendo que irá comer sozinho).
Criam coisas que falam, mexem sozinhas, utilitários, "praticidades", apenas para se sentir com o poder, brincam de ser Deus. Reduzir os trabalhos aumentar os lucros. Lucros esses que não pagam a cura para os "maus do século" e não compram uma vida eterna. Talvez não saibam disso.
Em uma coisa eles são muito bons, "auto-destruição". Sabem falar, raciocinar, se envolver, procriar... Mas e daí?! ...Não deixam de ser a única "espécie-suicida". Seria mesmo o homem a criação divina de Deus?

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Coluna semanal, uma crônica por semana.
Luiz Phelipe Fernandes.

Antes Só Que Mau Acompanhado

Há alguns dias assisti um debate em canal fechado sobre o incentivo político aos artistas e músicos... A discussão (em mesa redonda) só serviu para concretizar uma opinião que já tenho formulada há muito tempo.
O artista brasileiro se “escora” nestas leis de incentivo e crescem subordinados a um público manipulador (falo em especifico aos músicos). Já é comum ligar o rádio ou a televisão e se deparar com um esboço lastimoso da música nacional. Óbvio que existem casos em que há qualidade nas melodias e letras, mas não é concedido “liberdade”, tanto na expressão quanto na divulgação e no direcionamento de “fãs”. A imagem que se tem do grupo musical é extremamente rotulada e os milhões de discos vendidos (que em alguns casos não conseguimos acreditar nesta proeza) foram alcançados graças a imposição hipnótica da mídia naqueles que não conseguem “filtrar” o “lixo social”.
Admiro as bandas independentes e alternativas, pois a idéia não é escrever bonito e filosofar, música não é só bossa nova e MPB, funk não é fator característico de classe social, muito pelo contrário. O importante é passar a sua mensagem (seja qual for) e expressar a sua opinião sem ser privado de qualquer ação ou atitude (não somos obrigados a gostar, é conseqüência)... Sem ter que pagar para que sua música seja ouvida. Use a arte (da música) e o esforço próprio para apresentar o seu trabalho, e não busque uma fama superficial nas “costas” dos anúncios publicitários. Isso é infame. As pessoas não devem ser instruídas a te ouvir, mas sim, se identificar com o que você faz e com o que faz.