sábado, 26 de janeiro de 2008

Dizem "homo Sapiens"

Homem, o que há de tão supremo, tão digno? Dei início a uma pesquisa, para melhor compreensão.
...Ouvi rumores de que é uma espécie, uma raça, tal de animal racional, ou melhor, segundo o latim, "homem racional". No começo não é muito diferente dos demais... Meio tolo, não entende nada, sabe chorar e sorrir... Essa espécie até se desenvolve rápido (ao menos fisicamente), tem etapas estranhas, algo chamado infância, adolescência...É o ciclo vital.
Me falaram que amadurecem, apenas para lembrar de que precisam de determinadas "coisas"...Eles, em sua maioria, são apressados, vivem de mal com a vida, querem mudar. Mudar o corpo, mudar as pessoas, o jeito de ser. Ás vezes eles não concordam com a formação genética, com a herança do DNA e resolvem "fugir" do que estão destinados a ser: Homem.
São desunidos, mas luto para passar uma imagem contrária. Insistem em acreditar que o mundo gira ao redor deles, sendo que eles fazem parte do mundo. são apenas mais uns entre milhares de seres vivos.
É Estranho, eles resolvem matar uns aos outros sem motivo. Fazem guerra em busca de um poder que nunca poderão desfrutar. Tentam tomar o espaço alheio sendo que já tem onde morar. Criticam um, critica o outro, sendo que são todos uma espécie só.
Apelam por ideais diferentes, critérios de convivência como; etnia, raça, cor... Critérios esses que criam barreiras onde deveria existir apenas união.
Um dia descobrem que nada mais faz sentido, a vida talvez foi perdida e existe o tal do "morrer"...
São estúpidos, pois estragam a comida que haverão de comer, poluem ás águas que precisam beber e ainda se dizem "os inteligentes". Vivem no caos e fingem está tudo bem, de braços cruzados. Acomodados e egoístas.
Teimosos! Cometem os mesmos erros, atiçam sem saber um futuro profano, acreditam no que não existe quando bastava dizer: "sou ser humano". Ainda não conhecem a palavra "humildade", tem tanto, mas tanto, a aprender.
O mais "engraçado", é que nenhum deles se sente com a culpa, sempre tem a quem apontar. O individualismo chega a ser estúpido...(Luta por um pedaço de carne, sabendo que irá comer sozinho).
Criam coisas que falam, mexem sozinhas, utilitários, "praticidades", apenas para se sentir com o poder, brincam de ser Deus. Reduzir os trabalhos aumentar os lucros. Lucros esses que não pagam a cura para os "maus do século" e não compram uma vida eterna. Talvez não saibam disso.
Em uma coisa eles são muito bons, "auto-destruição". Sabem falar, raciocinar, se envolver, procriar... Mas e daí?! ...Não deixam de ser a única "espécie-suicida". Seria mesmo o homem a criação divina de Deus?

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Coluna semanal, uma crônica por semana.
Luiz Phelipe Fernandes.

Antes Só Que Mau Acompanhado

Há alguns dias assisti um debate em canal fechado sobre o incentivo político aos artistas e músicos... A discussão (em mesa redonda) só serviu para concretizar uma opinião que já tenho formulada há muito tempo.
O artista brasileiro se “escora” nestas leis de incentivo e crescem subordinados a um público manipulador (falo em especifico aos músicos). Já é comum ligar o rádio ou a televisão e se deparar com um esboço lastimoso da música nacional. Óbvio que existem casos em que há qualidade nas melodias e letras, mas não é concedido “liberdade”, tanto na expressão quanto na divulgação e no direcionamento de “fãs”. A imagem que se tem do grupo musical é extremamente rotulada e os milhões de discos vendidos (que em alguns casos não conseguimos acreditar nesta proeza) foram alcançados graças a imposição hipnótica da mídia naqueles que não conseguem “filtrar” o “lixo social”.
Admiro as bandas independentes e alternativas, pois a idéia não é escrever bonito e filosofar, música não é só bossa nova e MPB, funk não é fator característico de classe social, muito pelo contrário. O importante é passar a sua mensagem (seja qual for) e expressar a sua opinião sem ser privado de qualquer ação ou atitude (não somos obrigados a gostar, é conseqüência)... Sem ter que pagar para que sua música seja ouvida. Use a arte (da música) e o esforço próprio para apresentar o seu trabalho, e não busque uma fama superficial nas “costas” dos anúncios publicitários. Isso é infame. As pessoas não devem ser instruídas a te ouvir, mas sim, se identificar com o que você faz e com o que faz.