domingo, 21 de setembro de 2008

"Não use filtro solar"

O momento é de abrir a janela, “ sinto-me como o Pedro Bial, e afirmo, não é nada legal”, e diga foda-se , “ ao menos o Bial não usaria tais termos” , o mundo não dá a mínima para as pessoas, não dê a mínima para o mundo. Que tal? “Aliás, sou o Pedro, mas em contraposição às suas idéias, apenas a articulação delas que é semelhante. O lado mal dele, talvez”.
Sabe aquela coisa toda, do tipo: “corra, viva, ame como se nunca tivesse amado ninguém etc”. Pois então, faça... Um detalhe, não ajude ninguém, não estenda a mão, não sorria se não quiser sorrir, seja mal educado, porque não? “Não se assustem, a realidade existe”.
Isso mesmo, o mundo não é cor-de-rosa, nem lilás, nem verde, “quem dera verde poder, ah o verde...”. Não abrace se te faz mal, não, não faça nada! Espere acontecer, sim, espere! Não vá alcançar nada, deixe chegar até você, e se não chegar, não chegou, não há nada de complexo, não ponha Deus nisso... Deus? “Ah, os cristãos...”
Não sinta o vento, o mar, a música... Repito, não sinta! Não viva, não seja porcaria nenhuma, “ah, minhas palavras doces...”, os misantropos, os excêntricos, os eremitas, terão facilidade. “Nada de público direcionado, não sou insano, repito, verdade existe”. O mundo é verdadeiro, não é só alegria, não é só praia, não é ter um homem/mulher divino ao seu lado, não, isso é para pessoas de outro mundo, não é hollywood, você não vai caminhar sozinho em um dia de luar maravilhoso e de repente uma música perfeita começará a tocar a sua alma gêmea passará ao lado, serão ricos e felizes, terão belos filhos e fim, vamos cair na real, que tal? “Ao menos o texto permite essa contraposição de opinião, viva a metalinguagem, viva a crônica que dispensa a existência de um eu-lírico”.

Pedro Bial, homem de grande inteligência... Mas a humanidade, meu caro, é assim, carne e osso. Nada de “Filtro Solar”, longe, bem longe disso. E outra, pelo seu bem-estar “intelecto-cultural”, largue o Big Brother.

Nota: É uma pena que ele não possa ler esse texto. Críticos de plantão, comentem... Ou não!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Terra? ...ou seria Earth?

Tudo é dos norte-americanos, tudo mesmo. Começou com o fast-food (dado infundado) e hoje somos subordinados à lástima de chorar pelos Estados Unidos! No jornal não passa a economia do Senegal. Todo mundo sabe os índices de obesidade nos EUA, mas ninguém sabe o índice de mortalidade infantil na Somália... E eu me pergunto, por quê? Será que escolhemos isso ou é mais uma das cartas da Seleção Natural? Se fosse vivo, Darwin teria ido de encontro ao suicídio. Mas nem é isso.
Não quero saber se o dólar está em alta, não me importo se eles criaram outro carro luxuoso, não quero saber se a economia lá cai... “Ah, mas os problemas deles refletirão no mundo, inclusive no Brasil!”, que se dane, prefiro saber apenas quando atingir o Brasil.
Vamos aplaudir, eles são ricos! ...De acordo com relatórios da ONU o custo da guerra no Iraque e no Afeganistão chegou a URS$ 811 bilhões (mais de R$ 1,7 trilhão), é imensurável a quantidade de crianças que deixariam de dormir com fome caso essa desperdício encontrasse um caminho digno.
Não quero intercâmbio para Washington, Harvard não me desperta nem curiosidade... Por que não vamos para a África?!
Eu não fiquei triste nos 11 de Setembro, o repudio ao país evasivo não permitiu que manifestasse piedade em minha pessoa, se não fosse pelas vítimas inocentes - que são educadas a serem egoístas -, eu teria torcido para caírem mais 10 torres de alturas semelhantes (caso existissem). Se uma bomba cai em Nova York ou em Paris, ou Londres, o mundo para, as pessoas vão manifestar em prol da paz, minha mãe, minha avó, minhas tias ficarão arrasadas, mas ninguém se comove com o “pseudo-genocídio” ocorrido diariamente
em Ruanda. O que me arrasa é apenas a declaração de uma menina de 8 anos da Costa do Marfim: “mamãzinha, minhas mãos vão crescer de novo?” (reportagem de uma TV Francesa). Ninguém sabe ninguém viu, o choro da vez é para a crise do dólar...