segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Terra? ...ou seria Earth?

Tudo é dos norte-americanos, tudo mesmo. Começou com o fast-food (dado infundado) e hoje somos subordinados à lástima de chorar pelos Estados Unidos! No jornal não passa a economia do Senegal. Todo mundo sabe os índices de obesidade nos EUA, mas ninguém sabe o índice de mortalidade infantil na Somália... E eu me pergunto, por quê? Será que escolhemos isso ou é mais uma das cartas da Seleção Natural? Se fosse vivo, Darwin teria ido de encontro ao suicídio. Mas nem é isso.
Não quero saber se o dólar está em alta, não me importo se eles criaram outro carro luxuoso, não quero saber se a economia lá cai... “Ah, mas os problemas deles refletirão no mundo, inclusive no Brasil!”, que se dane, prefiro saber apenas quando atingir o Brasil.
Vamos aplaudir, eles são ricos! ...De acordo com relatórios da ONU o custo da guerra no Iraque e no Afeganistão chegou a URS$ 811 bilhões (mais de R$ 1,7 trilhão), é imensurável a quantidade de crianças que deixariam de dormir com fome caso essa desperdício encontrasse um caminho digno.
Não quero intercâmbio para Washington, Harvard não me desperta nem curiosidade... Por que não vamos para a África?!
Eu não fiquei triste nos 11 de Setembro, o repudio ao país evasivo não permitiu que manifestasse piedade em minha pessoa, se não fosse pelas vítimas inocentes - que são educadas a serem egoístas -, eu teria torcido para caírem mais 10 torres de alturas semelhantes (caso existissem). Se uma bomba cai em Nova York ou em Paris, ou Londres, o mundo para, as pessoas vão manifestar em prol da paz, minha mãe, minha avó, minhas tias ficarão arrasadas, mas ninguém se comove com o “pseudo-genocídio” ocorrido diariamente
em Ruanda. O que me arrasa é apenas a declaração de uma menina de 8 anos da Costa do Marfim: “mamãzinha, minhas mãos vão crescer de novo?” (reportagem de uma TV Francesa). Ninguém sabe ninguém viu, o choro da vez é para a crise do dólar...

4 comentários:

Unknown disse...

Eles só não exportam uma visão melhor pro mundo...preferem vender cabresto, e os animais ainda usam se achando os mais privilegiados do mundo :}

Luiz Phelipe disse...

Grande Fernando. De vez em nunca passa por aqui, mas quando vem, deixa uma marca de infinita credibilidade. concordo plenamente... Para você que diz que sempre somos opostos!

Luara Quaresma disse...

O que nos separa da atmosfera das super potencias, é justamente o nosso patriotismo. Querendo ou não, aqui, se pensa duas/tres/quatro vezes antes de morrer pela pátria.

Luiz Phelipe disse...

Por mais que a pátria não esteja dando motivos para isso, devo concordar... A escassez do patriotismo está nas pequenas coisas. Sinto falta da bandeira brasileira. Dê uma volta pelos Estados Unidos e verá a diferença. É lastimável...